Desafio Technogun Strike, uma pergunta que não quer calar

Em 10 de março deste ano demos início ao Desafio Technogun Strike,  que foi encerrado dia 31 de maio.  Foram 81 dias de duração.
Como premiação eram 50 potes de Strike na categoria mola/pistao e 50 potes na categoria PCP.
Totalizamos 790 acessos as páginas do desafio,  102 views do vídeo. Muitos emails sobre.
E,  por incrível que pareça,  ninguém enviou um único vídeo sequer para participar do desafio. Ou seja,  ninguém ganhou o prêmio.
Se eu pudesse,  teria participado,  pois o prêmio valia a pena.
Ok,  já foi,  mas quero entender porque ninguem participou,  para que em próxima oportunidade isto seja corrigido.
Convido a todos os amigos a deixarem aqui neste post seus comentários sobre o desafio,  porque não participou.
Conto com a sinceridade de todos.
Observe que os comentários não aparecem imediatamente no blog,  mas não é necessário enviar novamente. Num intervalo de poucas horas ele aparecerá.

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Como o cano de uma arma de pressão influencia seu desempenho

Para muitas pessoas,  uma arma de pressão é como é e pronto.  Não importa saber detalhes de seu funcionamento,  detalhes estes que fazem a diferença entre uma arma ruim ou excelente.
Creio que entender o sistema como um todo é primordial,  pois permite utilizar a arma de forma consciente,  obter o máximo de desempenho da mesma.
E,  principalmente,  na hora de comprar saber como escolher uma arma de pressão.
Lógico,  sempre podemos optar por modelos já consagrados,  mas nem todos tem condições financeiras para isto.
Vou publicar uma série de artigos sobre este tema,  que tenho certeza,  serão úteis a muitos adeptos deste esporte.
Como muitas armas de ar são importadas,  com manuais em inglês,  sempre que for relevante colocarei o termo em inglês equivalente entre parenteses,  ok?
Hoje,  falarei sobre o cano (barrel) que sem dúvida alguma é a parte mais importante de uma arma de ar. Como é um assunto extenso,  teremos diversos posts de continuação.
Existem canos raiados (rifled bores) ou canos lisos (smoothed bores),  com ou sem o estreitamento (choke).
Um cano de alma lisa,  como o próprio nome sugere,  não tem o raiamento interno,  e desta forma não faz o chumbinho (pellet)  girar. Este giro,  responsável pela estabilização giroscópica do chumbinho,  só ocorre em canos raiados.  As raias,  que são frisos em forma de rosca internos ao cano,  exercem um papel importante na precisão. Sem o movimento de rotação,  qualquer imprecisão na forma do chumbinho ou na sua distribuição de peso faz com que sua trajetória seja alterada. Quando o chumbinho é rotacionado, esta mesma alteração na trajetória ocorre,  porem distribuída igualmente em todas as direções,  e consequentemente anulando-se.  A velocidade de giro depende da velocidade do chumbinho e do passo das raias.  Um giro lento demais pode fazer o chumbinho traçar uma trajetória em espiral. Quanto mais veloz for a rotação melhor,  mas existe um limite mecânico neste sentido,,  sobre o qual falarei em detalhes no artigo sobre passo das raias.

No próximo artigo desta série falarei sobre o estrangulamento do cano.  Até lá.

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Correndo atrás do tempo perdido

Saudações a todos os amigos do blog!
Depois de 18 dias sem postar nada,  na maior correria resolvendo problemas familiares,  finalmente voltei a ter um tempo para o blog.
Peço desculpas aos que acompanham este blog pela demora em postar novo conteúdo,  mas espero que entendam que a família vem em primeiro lugar.
Nestes próximos dias postarei muita coisa interessante,  e temos novidades tambem,  então não deixem de acompanhar.
Grande Abraço a todos!

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Impacto ou Penetração?

A algum tempo atrás eu vi um vídeo na internet mostrando o chumbinho gamo lethal perfurando uma antena de TV por assinatura. Impressionante!
Nunca tive o Lethal em mãos,  mas minha experiência prévia com outros gamos lead free (PBA)  me fazem acreditar que a precisão acima de 15m deve ser ruim,  além do que o baixo peso e o coeficiente balístico baixo típico dos PBA fazem com que percam velocidade e energia rapidamente. A distâncias médias são muito ineficazes. E não expandem.
Repeti o teste da chapa de aço (inox no meu caso)  com 0.5mm de espessura com todos os chumbinhos não lead free que eu tinha em 4.5mm,  com 30 joules de potência a 15m.  O único que perfurou a chapa foi o H&N Hornet!  O que me impressionou foi ele repetir a façanha com apenas 16 joules.
Hoje recebi o chumbinho Skenco Ultramag 5.5.
Muito similar ao H&N Hornet e ao Predator Polymag em conceito. Um HollowPoint com ponta afilada para melhorar a aerodinâmica e a penetração.
Hornet e Ultramag tem pontas metálicas enquanto que o polymag tem ponta de polímero .
Já tive vontade de utilizar o Polymag na PCP hatsan,  mas por ter mais de 10mm de comprimento ele não cabe no magazine. Uma pena!
Por enquanto o Hornet só existe em 4.5, então eu não tinha nenhum modelo similar com o qual eu pudesse comparar nas PCPs Hatsan.
O ultramag ajustou-se perfeitamente no magazine. Mais curto (9.35mm) que o Polymag, porém mais pesado.  Tem 18.2 grains enquanto o polymag tem 16.2 grains.
A semelhança entre o Hornet e o Ultramag é tanta que fiz o mesmo teste da chapa de aço, desta vez em 5.5 e com uma BT65 (61 joules).
Chapas de 0.5mm parecia papel,  com qualquer chumbinho.
Passei a usar uma de aço de 1.2mm (não inox).
Exceto o Ultramag,  todos os outros chumbinhos amassaram muito a chapa mas não perfuraram.  Nem mesmo o monstruoso Predator Bigboy perfurou.
Já o Ultramag fez um baita buraco na chapa. Repetiu o feito do Hornet. Testei com potência menor,  40 joules numa AT44.  Furou também!
H&N Hornet em 4.5mm  e Skenco Ultramag 5.5mm foram os únicos chumbinhos que vi aliarem perfuração, expansão e precisão a distâncias maiores de 40m.  Não testei ainda,  mas acho que Ultramag em 4.5mm deve repetir o feito.

Link para o vídeo aqui

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Este tiro vai matar a curiosidade de muitos : 22LR vs BT65

É até engraçado,  mas quando se fala em carabina de pressão calibre ".22" muitos associam com carabinas de fogo circular calibre ".22" e pensam que tem a mesma potência. 
O calibre,  que descreve o diâmetro do projétil,  é realmente o mesmo.  São 22 centésimos de polegada ou 5.5mm na nomenclatura mais comumente utilizada no brasil.
Mas a semelhança acaba exatamente ai.
Um projétil comum de carabina de ar comprimido calibre ".22" pesa em torno de 15.4 grains (1 grama) e salvo algumas excessões tem um BC abaixo de 0.026,  enquanto um 22Lr pesa em torno de 40 grains (2.6 gramas) com BC 0.169.
Salvo algumas poucas excessões,  as carabinas de pressão tem abaixo de 42 joules,  enquanto uma 22Lr tem 135 joules.
Só para se ter uma comparação,  um tiro a 50m nas condições acima mas com um chumbinho de BC alto 0.032,  teria como resultado uma velocidade inicial de 286m/s e uma velocidade terminal de 226m/s com apenas 26.2 joules de energia. Uma 22Lr teria uma velocidade inicial de 323m/s e uma velocidade terminal de 302m/s com nada menos que 117.8 joules de energia. São 4.5x a energia da carabina de pressão.
Mesmo uma PCP potente perde feio. 
Carabinas PCP tendem a entregar mais potência com chumbos pesados. 
A Hatsan BT65,  com potência nominal de 61 joules,  entrega 74.8 joules ao chumbinho Predator Bigboy de 1.72 gramas e BC de 0.052,  atingindo uma velocidade inicial de 295m/s. A 50m sua velocidade terminal será 252m/s com a considerável energia de 54.6 joules! O BC do predator bigboy,  a V0 e a potência foram obtidos na prática com ajuda de cronografo balístico.
Mas ainda assim a 22Lr ganha,  com 2.16x a energia terminal.
O gráfico abaixo mostra as 3 trajetórias,  em vermelho a 22Lr,  em azul uma carabina de 42 joules com Jsb Exact,  e em verde uma BT65 com Predator Bigboy.  Todas zeradas a 50m.

Dá para ver claramente que a comparação é sem sentido,  tipo comparar Fusca com Ferrari. 

Carabina de Pressão ".22" versus Fogo Circular ".22" ganha disparado a 22Lr. 

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