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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Como o exército classifica armas de pressão?

O texto abaixo foi extraído do arquivo perguntas frequentes,  baixado no site do dpfc.
A sua leitura pode exclarecer as dúvidas de muitos usuários de armas de pressão quanto a legalidade ou não de sua arma de pressão

O Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000, adotou duas classificações para as armas de pressão: a primeira, em razão da substância que impulsiona o projétil, e a segunda, em função do calibre do armamento. A razão de distintos graus de controle ligados à substância que impulsiona o projétil (armas por ação de gás comprimido e por ação de ar comprimido) é a consideração quanto às propriedades físicoquímicas de cada um desses elementos: o ar comprimido não apresenta perigo para quem o manipula (não é bom condutor de calor ou de eletricidade, não é inflamável, não é explosivo e, também, não é tóxico), nem para o meio ambiente (não polui), e suas características não se alteram quando comprimido.  E o gás comprimido tem características opostas, daí ter grau de controle mais restritivo.  Uma arma de pressão por ação de ar comprimido é toda arma de pressão que tem por princípio de funcionamento a expansão do ar comprimido sobre um projétil. Esse ar comprimido, que atua sobre o projétil, geralmente tem origem na expansão de uma mola comprimida que, quando liberada, impulsiona um pistão que comprime o ar à sua frente. E é esse ar comprimido que atua sobre o projétil, arremessando-o. Nesse sentido, deve ficar claro que por “mola” entendem-se todos os dispositivos que acumulam energia mecânica quando submetidos a uma força de compressão ou extensão. Tal energia atua no sentido de trazer o dispositivo à sua posição de repouso. Assim, dispositivos que funcionam como “molas” podem ser confeccionados com materiais metálicos (tais como aço, titânio, magnésio);  materiais polímeros (elastômeros) ou, ainda, por materiais gasosos (gás ou mistura gasosa). O que normalmente causa alguma confusão na diferenciação entre armas de ação por ar comprimido e por gás comprimido é o fato de que alguns modelos de armas de pressão por ação de mola utilizam, em vez de uma mola helicoidal convencional, cilindros herméticos que contêm, em seu interior, gás.  Esse tipo de mola possui uma de suas extremidades móvel (justamente a que tem contato com o pistão), mas o gás não atua sobre o projétil: ele impulsiona a mola, e esta impulsiona o projétil.   Hoje existe uma tecnologia para carabinas de pressão chamada "Gás Ram";  são armas de pressão com pistão de Nitrogênio. São classificadas como armas de pressão por ação de mola (ar comprimido), pois a única diferença para uma arma de pressão por ação de mola convencional (aquela que possui uma mola metálica helicoidal) é que a mola do Gás RAM é um cilindro hermético com nitrogênio gasoso que possui uma de suas extremidades móvel.   Apesar de não possuírem molas, as chamadas PCP – Pre-charged pneumatic, ou “pressão précarregada” – enquadram-se no mesmo grau de restrição porque são armas de pressão que possuem um cilindro pré-carregado (por bomba ou compressor) com ar atmosférico comprimido.  Logo, elas mantêm as características físico-químicas do ar comprimido, como já citado, fundamental para a determinação do grau de controle de uma arma. Se o projétil é acionado por ar comprimido (como as armas de ação por mola e as PCP), a arma pertence à categoria de Controle 3, na qual são controlados fabricação, importação, exportação, desembaraço alfandegário e  tráfego sendo o tráfego controlado apenas em saídas de fábricas, portos e aeroportos. Uma arma de pressão por ação de gás comprimido (o qual, normalmente, é o CO2) é uma arma de pressão que funciona pela liberação e expansão desse gás diretamente sobre o projétil.  O CO2 é previamente armazenado em uma “garrafa” e esta acoplada à arma. Por ocasião do disparo, uma parcela do gás é liberada e age sobre o projétil, arremessando-o, e escapa pela boca da arma, misturando-se à atmosfera.  Daí volta-se ao item que registra que o determinante para o grau de restrição de uma arma são as características físico-químicas do elemento impulsionador do projétil: considerações quanto ao grau de risco para quem manipula a arma, para o meio ambiente e alteração ou não das características desse elemento impulsionador quando comprimido.

Logo, se o projétil é acionado por gás comprimido, a arma possui categoria de Controle 1, na qual todas as atividades são controladas:  fabricação, utilização, importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e comércio, tudo conforme o art. 10 do R 105. Por fim, ratificamos que o fator preponderante para a classificação de uma arma de pressão, ao contrário do que muitos possam pensar, não é a energia de seu projétil ou a pressão a que este é submetido; mas sim a substância empregada na impulsão desse projétil: se gás comprimido ou ar comprimido.   Quanto ao calibre, a classificação considera o dano que pode causar.  Assim, as armas de pressão com calibre de até 6 mm são de uso permitido, enquanto que as armas de pressão com calibre superior a 6 mm são de uso restrito. De acordo com o prescrito na Portaria 002 COLOG, de 26 de fevereiro de 2010, que regula essa matéria e que está disponível em nosso sítio eletrônico (www.dfpc.eb.mil.br – LEGISLAÇÃO), as armas de pressão por ação de gás comprimido tanto as de uso permitido (calibre de até 6 mm) ou restrito (acima de 6mm)  podem ser adquiridas no comércio local ou via importação exclusivamente por pessoas naturais ou jurídicas registradas no Exército ou seja, por quem possui Certificado de Registro. As armas de pressão por ação de mola de uso restrito (calibre superior a 6 mm), podem ser adquiridas no comércio local ou via importação exclusivamente por pessoas naturais ou jurídicas registradas no Exército ou seja, por quem possui Certificado de Registro.  Armas de pressão por ação de mola e do tipo PCP que tenham calibre igual ou inferior a 6 mm  prescindem de tais exigências quando adquiridas no comércio local.  Contudo, se forem importadas, precisarão de Certificado Internacional de Importação  e de Guia de Tráfego  para a saída do porto/aeroporto.

2 comentários:

  1. e pra quem fabrica o chumbinho de 4.5 e 5.5??? tem restrinção do exercito??

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    Respostas
    1. Edson, recentemente contactei ao dfpc do exército perguntando sobre o controle na importação de chumbinhos. A resposta foi de que chumbinho não era produto controlado. Não tenho certeza e vou me informar, mas se o DFPC não controla chumbinhos, imagino que a resposta a sua pergunta seja NÃO.

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Technogun Chumbinhos para carabina de pressão